terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

19 ºConcurso de Poesia
31 Março 2007
22h30
Tema Livre
Eleven's Coffee Bar
Setúbal
Recepção de trabalhos
até às 24 horas de
30 de Março

Poema Vencedor do Concurso de Homenagem a José Afonso

RECORDAÇÃO

Tinha no rosto lavrado
Os traços da Liberdade
E nos seus versos marcado
Poemas feitos verdade.

Ainda estou lembrado
Num quarto fechado à chave
Sem saber o que fazia
Era criança, no entanto
Parecia haver encanto
Em tudo aquilo que ouvia.

Uma voz desconhecida
Calada e proibida
Nós ouvíamos cantar
Falava de Liberdade
Com sentido de verdade
“A canção de embalar”.

“Era de noite e levaram”
“Sete fadas me fadaram”
“Já o tempo se habitua”
Eram baladas, canções
Recheadas de emoções
“E a morte saiu à rua”.

“Traz outro amigo também”
“Os vampiros” cantou bem
“Só ouve o brado da terra”
“Viva o poder popular”
“Santa Maria a seu par”
“Ò altas fragas da serra”.

“Foi no Sábado passado”
“Foi na cidade do Sado”
“Eu vou ser como a toupeira”
“O coro da Primavera”
“De não saber o que me espera”
Cantava à sua maneira.

“Maria Faia”
“Índios da Meia Praia”
Cantava com voz serena
“O cantar alentejano”
“Chamaram-me um dia cigano”
“E Grândola vila morena”.

Autor: José Alberto Raposo

Poema 2º Classificado

O RESISTENTE

Deram-me uma charrua, um arado,
Para esta terra de injustiça lavrar,
Mas pegaste na viola e saíste prá rua,
Mostraste a verdade nua e crua,
Pegaste na trouxa e zarpaste.

Foste timoneiro num barco,
Que a ditadura quis afundar,
Puseste as gaivotas em terra,
Soltaste os grilhões no mar.

Foste índio na meia praia,
Montaste a barraca da solidariedade,
Trouxeste outro amigo também,
Pintaste morena a nossa cidade.

Para quem nunca te conheceu,
Muitos ódios te passaram na frente,
Sentiste a tortura, música, insatisfação,
Serás eternamente o resistente!

Autor: Carlos Moço

Poema 3º Classificado

POEMA DA MADRUGADA

Não tenho hoje, para te oferecer,
Mais do que amor, no que quiseres ler!
Na luz clara do luar;
Nestes ais, do meu lamento;
Nas penas do meu tormento;
No meu peito a arfar;
Na espuma branca do mar;
Na flor que é o teu sorriso;
Na franqueza do teu riso;
No encanto de te amar!

No amor dos nossos filhos;
Nestas pontas de cadilhos;
Na estrela do céu a brilhar;
No poema a declamar;
No trabalho e, seu suor;
Nas asas do meu torpor,
Nesta criança a chorar,,,
Sempre estarás, … …
Meu amor.

Autor: Augusto Leitão

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007




Em Fevereiro homenageamos

JOSÉ AFONSO!







Em Janeiro homenageámos
MIGUEL TORGA