segunda-feira, 3 de setembro de 2007

25º Concurso de Poesia
Tema "Livre"
29 SETEMBRO 22h30

Elevens Coffee Bar
setúbal

Recepção de trabalhos até às 24 horas
de 28 de Setembro

terça-feira, 28 de agosto de 2007

24º Concurso - Resultados

Poema 1º Classificado

Madrugada (de mãos nos bolsos)

Caminho….
Mas não sou eu quem desenha os meus passos.
És tu,
Carregando-me entre os braços.
Sozinho,
Corto a noite que se deita.
Mas tu não me sabes,
Não me sonhas.
Tua alma em mim perfeita
Ou a minha em ti,
Eu já nem sei.

Caminho…
Pensando na solidão.
É fraude!
(tu levas-me pela mão)
Mas não sabes.
Eu te digo,
Inquietação:
Hoje vais dormir comigo!
Ontem não.
Hoje sim.
Serás p’ra mim!

Autor: Jorge Faria


Poema 2º Classificado

ESPERANÇA

Quem me dera
Ter o mundo
Fechado na minha mão
Nem que fosse por um segundo
Eu faria desse mundo
Um mundo belo e diferente
Um mundo para toda a gente
Um mundo com amanhã
Com liberdade
Em que solidariedade não fosse palavra vã
Um mundo em que a criança
Fosse futuro
Fosse esperança
Um mundo onde haja um sonho
Um sonho bonito
Em que o horizonte
Seja uma ponte
Para o infinito

Autor: José Alberto Raposo


Poema 3º Classificado

E neste manto

Tiram-se as máscaras
É proibido apitar
Contemplam-se os pontos brancos do céu
Hoje não há luar

Descontrais sem dizer
Finges ser outro ser
Pela tua razão

Não há nada a temer
Talvez tudo a temer

E sente-se a sua manta calma e tão leve, leve
E sente-se que esta é outra noite
Que esperamos
Tempo

Tiram-se as máscaras dos seres
Na impertinência de muitos
E dizem-se com prazer
Por ter tudo e todos

Não há nada a temer
Talvez tudo a temer

E sente-se a sua manta calma e tão leve, leve
E sente-se que esta é outra noite
Que esperamos
Tempo

E na cilada
Uma prisão
Outro homem chora
A profissão
E as mulheres fazem contas
Da sua vida

E sente-se a sua manta calma e tão leve, leve
E sente-se que esta é outra noite
Que esperamos
Tempo

Autor: João Pedro Victor

24º CONCURSO DE POESIA

Apresentaram-se a concurso 14 poemas de 9 autores (Madalena Pronto, Maria Palma, Maria Elvira Pronto, Rute Machado, João Pedro Victor, Joaquim Branco Coelho, Jorge Faria, Fernando Manuel Pereira e José Alberto Raposo)

RESULTADOS:

1º Classificado - madrugada (de mãos nos bolsos) de Jorge Faria
2º Classificado - esperança de José Alberto Raposo
3º Classificado - e neste manto de João Pedro Victor

segunda-feira, 30 de julho de 2007

24º Concurso de Poesia
(actividade paralela à IX Festa do Teatro)
"TEMA LIVRE"
25 de Agosto 2007 – 23h00

REGULAMENTO
1 - O tema dos poemas a concurso é "LIVRE".
2 - Podem participar todos os cidadãos de nacionalidade portuguesa e estrangeiros que dominem correctamente a língua portuguesa.
3 - É vedada a participação no concurso a familiares de membros do júri.
4 - Os concorrentes podem apresentar a concurso trabalhos dactilografados cujo tipo de rima, modalidade e aspecto gráfico, dependem exclusivamente da sua escolha.
5 - Cada concorrente pode concorrer com o máximo de dois poemas.
6 - Prazo e local de entrega dos trabalhos:
6.1 - A data limite para recepção dos trabalhos a concurso será as 24 horas de 24 Agosto 2007.
6.2 - O local de entrega dos trabalhos será o Elevens Coffee Bar – promotor do evento – sito na Rua Tenente Valadim, nº 11 (à Praça do Bocage) em Setúbal.
6.3 - Serão aceites trabalhos remetidos pelos Correios, desde que com carimbo dos CTT, até à data indicada no ponto 6.1 e por correio electrónico (elevens@sapo.pt).
7 - Condições de entrega dos trabalhos:
7.1 - Os trabalhos entregues em mão ou pelos CTT deverão vir em envelope fechado, identificado por pseudónimo.
7.2 - O envelope indicado no ponto anterior será acompanhado de um outro, também fechado, identificado por pseudónimo e que conterá a verdadeira identificação do autor, que constará de:- Nome completo- Telefone de contacto- Titulo do poema
8 - O júri será constituído por membros, escolhidos pelo promotor do evento e a divulgar na noite do concurso.
9 - Em caso de empate competirá ao presidente do júri o voto de desempate.
10 - Os trabalhos a concurso serão lidos pelos seus autores ou por quem estes indicarem, na noite do concurso e antes da divulgação dos resultados.
11 - Prémios:- Serão atribuídos certificados de participação a todos os concorrentes.- Serão atribuídos prémios aos três primeiros classificados.- Serão publicados em jornal local e divulgados em Blog (arco-poetico.blogspot.com), os três primeiros classificados.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Poema vencedor do concurso do 2º aniversário - Poesia no Elevens

Coisas do Inverno

Era uma tarde sombria de aspecto agonizante,
Vento norte, neve fria,
Tormentos p´ra um caminhante.
Eu passei naquela rua…
Não devia ter passado…
Não devia estar ali e nem sequer ter olhado!
Uma porta apodrecida de uma casa abandonada,
Uma mulher encolhida num sujo trapo enrolada…
Fui seguindo meu destino de branco atapetado,
Um branco alvo e tão frio, mas um branco imaculado.
Minhas pegadas ficaram marcadas naquela neve,
Meus sentidos se abalaram naquela visão tão breve…
Eu segui o meu caminho sobre a neve derramada
Imaginando o destino daquela mulher… Coitada!
Jogada naquela porta de uma casa já sem vida,
Daquela casa já morta com a porta apodrecida.
Pouco depois foi um grito que me travou a passada.
Um grito tão aflito…
Da mulher abandonada…
O que faço? – pensei eu
Eu… nada posso fazer!
Será que a ajuda do céu não acaba aquele sofrer?
Retornei sobre as pegadas que o meu destino marcara
E que a neve sussurrante de todo não apagara.
Olhei a mulher na porta, soluçando combalida,
E pensei que a vida é torta para quem não tem guarida.
Os olhos que me fitaram e me queimaram por dentro,
De lágrimas se transbordaram,
Num rosário de tormento…
Chorando desesperada, aquela pobre mulher,
Aquela pobre coitada… Sem saber o que fazer.
Enredada num tormento e num lamento sombrio
Jogou palavras ao vento:
- Meu bebé… Morreu de frio!


Autor: Carlos Matos

Poema vencedor do 23º Concurso de Poesia


Palavras

Há palavras…
Que nos transportam, como se fosse carroças.
Que nos tocam, como se tivessem dedos.
Que guardamos numa arca de segredos.

Há palavras…
Que não chegam, que se atrasam.
E olhamos o relógio ao esperá-las.

Há palavras…
Alegres, como palhaços de circo,
Passeando pelos lábios.
Sábias, como enciclopédias,
Mas aprisionadas nas masmorras das gargantas.

Há palavras…

Para as quais não há palavras.

Autor: Jorge Miguel Faria

Poema 2º Classificado

Não consigo dançar com as palavras

Não consigo dançar com as palavras
se lhes tentar dar rima e ritmo.
O ritmo da poesia é o seu,
é o das emoções que me flúem em vómitos,
em rodopios estonteantes.
Tenho a consciência como um corpo
todo suspenso na ponta do pé,
à beira da água.
Eu em equilíbrio e na falta dele.
Aquilo que sou pensante entontece,
devaneia-se, desvanece-se
e toda eu sou um cair, um tombar.
Já não sei se a minha poesia flúi de mim,
ou se me invade,
centrípeta,
bruta,
aguçada.
Toda ele é em mim e eu nela.
As palavras atropelam-me e eu caio nelas,
com elas,
sob
e sobre elas
e vamos vivendo assim
- tontas. Eu e a poesia.

Tenho a pele arrepiada!

Autor: Rute Machado

Poema 3º Classificado

Abre as mãos

Abre as mãos, deixa voar
O pássaro que há em ti,
Estende as asas,
A mil vidas a mil mortes,
Orienta os teus nortes,
Na bússola do teu viver.
Por vezes é predciso morrer!
Para ressurgir das cinzas,
Abrir-se à vida, não ter medo,
Procurar novos caminhos,
Viver várias estórias,
Com derrotas, ou vitórias,
Correr riscos? Que importa?
O que é forçoso!
É sentires a vida a despontar,
E o pássaro que há em ti,
Livremente… Poder voar!

Autor: Maria Elvira Pronto

segunda-feira, 28 de maio de 2007

22º Concurso de Poesia
Tema "Livre"
Eleven's Coffee Bar
setúbal

30 Junho 2007 22h30

Recepção de trabalhos até às 24 horas

de 29 de Junho

Resultados do 21º Concurso de Poesia - Tema "Mãe"

1º Lugar - Poema "Ser Mãe é..." de António Matias

2º Lugar - Poema "Mães de Todos os Maios" de Fernando Manuel Pereira

3º Lugar - Poema "Senhora Mãe" de Ernesto Horta

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Poema Vencedor do 20º Concurso de Poesia

Em Abril, A Liberdade

1
primeiro fecharam os mares semeados de lemes e de quilhas
tiraram os rumos aos aviões por entre céus fervilhando de nuvens
contaram-nos os passos espiando-nos a sombra por entre sombras
entre o dia findo e o fim do dia ao longe na curva nocturna do seio
centopeia ornada de gritos lamentos em tempos de retoma tardia
tochas de sangue a arder nos pilares inchados de ecos aprisionados
soldaram as grades aos olhares vigiaram-nos a palavra e o espaço
sonhos onde as flores tardavam a nascer crescendo emaranhadas

2
depois a onda veio descendo a memória colectiva rente ao corpo
canção guerrilheira por entre esquinas arma em paiol de terras
lugares de gentes firmamento de amanhãs em seiva e luta
e o grito eco e sangue panfletário prisioneiro sem tempo de reserva
por entre balas perdidas arando chãos de fenos e papaoilas rubras
abrindo sulcos de soldados regressando na agitação da raiva
afastando fantasmas e odores antigos leitos à margem do tempo e do passado
rumores afogueados em esconderijos de punhos e de canções

3
no adormecer das cidades pairando fugidios os campos agitaram-se
cercando-se de gestos pensados nudez de coragem em tempo de luta
tanques de guerra rodados de paz percurso nocturno à luz do sonho
árvores de pedra no ventre da terra caminhando viva emancipada
guerreiros de estandartes erguidos tatuando na pele do vento um poema
com sonhos de sempre e já sem medo abrindo-se serenamente ao dia
epopeia derramando impaciente o mel da vida e da vontade
sussurrada em gritos acordados renasciso País inundado de esperança

é sempre de madrugada que a liberdade começa!

Autor: Fernando Manuel Pereira

sábado, 14 de abril de 2007

20º Concurso de Poesia

24 abril 2007

Regulamento
1. O tema dos poemas a concurso é "LIBERDADE".
2. Podem participar todos os cidadãos de nacionalidade portuguesa e estrangeiros que dominem correctamente a língua portuguesa.
3. É vedada a participação no concurso a familiares de membros do júri.
4. Os concorrentes podem apresentar a concurso trabalhos cujo tipo de rima, modalidade e aspecto gráfico, dependem exclusivamente da sua escolha.
5. Cada concorrente pode concorrer com o máximo de 3 poemas.
6. Prazo e local de entrega dos trabalhos:
6.1 – A data limite para recepção dos trabalhos a concurso será as 24 horas de 23 Abril 2007.
6.2 – O local de entrega dos trabalhos será o Eleven´s Coffee Bar – promotor do evento – sito na Rua Tenente Valadim, nº 11 (à Praça do Bocage) em Setúbal.
6.3 – Serão aceites trabalhos remetidos pelos Correios, desde que com carimbo dos CTT, até à data indicada no ponto 6.1 e por correio electrónico (elevens@sapo.pt).
7. Condições de entrega dos trabalhos:
7.1 – Os trabalhos entregues em mão ou pelos CTT deverão vir em envelope fechado, identificado por pseudónimo.
7.2 – O envelope indicado no ponto anterior será acompanhado de um outro, também fechado, identificado
por pseudónimo e que conterá a verdadeira identificação do autor, que constará de:
- Nome completo
- Telefone de contacto
- Titulo do poema
7. O júri será constituído por membros, escolhidos pelo promotor do evento e a divulgar na noite do concurso.
8. Em caso de empate competirá ao presidente do júri o voto de desempate.
9. Os trabalhos a concurso serão lidos pelos seus autores ou por quem estes indicarem, na noite do concurso e antes da divulgação dos resultados.
10. Prémios:
10.1 – Serão atribuídos certificados de participação a todos os concorrentes.
10.2 - Serão atribuídos prémios aos três primeiros classificados.
10.3 – Serão publicados em jornal local e divulgados em Blog (arco-poetico.blogspot.com), os três primeiros classificados.

Setúbal, 3 de Abril de 2007

domingo, 8 de abril de 2007

20º Concurso de Poesia
24 Abril 2007
22h30
Tema: Liberdade
Eleven's Coffe Bar
Setúbal
Recepção de Trabalhos
até às 24 horas de
23 de Abril

terça-feira, 13 de março de 2007

DIA MUNDIAL DA POESIA - 21 Março

22 Horas
Eleven’s Coffee Bar e Arco Poético

Convidamo-lo a participar num desafio para o qual
necessitamos da sua colaboração.
Traga-nos o poema da “sua vida” e venha partilhá-lo connosco.
Pretendemos com esta iniciativa dar a conhecer um pouco de nós
e dos inúmeros autores que fazem parte “da nossa vida”.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

19 ºConcurso de Poesia
31 Março 2007
22h30
Tema Livre
Eleven's Coffee Bar
Setúbal
Recepção de trabalhos
até às 24 horas de
30 de Março

Poema Vencedor do Concurso de Homenagem a José Afonso

RECORDAÇÃO

Tinha no rosto lavrado
Os traços da Liberdade
E nos seus versos marcado
Poemas feitos verdade.

Ainda estou lembrado
Num quarto fechado à chave
Sem saber o que fazia
Era criança, no entanto
Parecia haver encanto
Em tudo aquilo que ouvia.

Uma voz desconhecida
Calada e proibida
Nós ouvíamos cantar
Falava de Liberdade
Com sentido de verdade
“A canção de embalar”.

“Era de noite e levaram”
“Sete fadas me fadaram”
“Já o tempo se habitua”
Eram baladas, canções
Recheadas de emoções
“E a morte saiu à rua”.

“Traz outro amigo também”
“Os vampiros” cantou bem
“Só ouve o brado da terra”
“Viva o poder popular”
“Santa Maria a seu par”
“Ò altas fragas da serra”.

“Foi no Sábado passado”
“Foi na cidade do Sado”
“Eu vou ser como a toupeira”
“O coro da Primavera”
“De não saber o que me espera”
Cantava à sua maneira.

“Maria Faia”
“Índios da Meia Praia”
Cantava com voz serena
“O cantar alentejano”
“Chamaram-me um dia cigano”
“E Grândola vila morena”.

Autor: José Alberto Raposo

Poema 2º Classificado

O RESISTENTE

Deram-me uma charrua, um arado,
Para esta terra de injustiça lavrar,
Mas pegaste na viola e saíste prá rua,
Mostraste a verdade nua e crua,
Pegaste na trouxa e zarpaste.

Foste timoneiro num barco,
Que a ditadura quis afundar,
Puseste as gaivotas em terra,
Soltaste os grilhões no mar.

Foste índio na meia praia,
Montaste a barraca da solidariedade,
Trouxeste outro amigo também,
Pintaste morena a nossa cidade.

Para quem nunca te conheceu,
Muitos ódios te passaram na frente,
Sentiste a tortura, música, insatisfação,
Serás eternamente o resistente!

Autor: Carlos Moço

Poema 3º Classificado

POEMA DA MADRUGADA

Não tenho hoje, para te oferecer,
Mais do que amor, no que quiseres ler!
Na luz clara do luar;
Nestes ais, do meu lamento;
Nas penas do meu tormento;
No meu peito a arfar;
Na espuma branca do mar;
Na flor que é o teu sorriso;
Na franqueza do teu riso;
No encanto de te amar!

No amor dos nossos filhos;
Nestas pontas de cadilhos;
Na estrela do céu a brilhar;
No poema a declamar;
No trabalho e, seu suor;
Nas asas do meu torpor,
Nesta criança a chorar,,,
Sempre estarás, … …
Meu amor.

Autor: Augusto Leitão

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007




Em Fevereiro homenageamos

JOSÉ AFONSO!







Em Janeiro homenageámos
MIGUEL TORGA