terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Poema 2º Classificado

O RESISTENTE

Deram-me uma charrua, um arado,
Para esta terra de injustiça lavrar,
Mas pegaste na viola e saíste prá rua,
Mostraste a verdade nua e crua,
Pegaste na trouxa e zarpaste.

Foste timoneiro num barco,
Que a ditadura quis afundar,
Puseste as gaivotas em terra,
Soltaste os grilhões no mar.

Foste índio na meia praia,
Montaste a barraca da solidariedade,
Trouxeste outro amigo também,
Pintaste morena a nossa cidade.

Para quem nunca te conheceu,
Muitos ódios te passaram na frente,
Sentiste a tortura, música, insatisfação,
Serás eternamente o resistente!

Autor: Carlos Moço

Sem comentários: