O RESISTENTE
Deram-me uma charrua, um arado,
Para esta terra de injustiça lavrar,
Mas pegaste na viola e saíste prá rua,
Mostraste a verdade nua e crua,
Pegaste na trouxa e zarpaste.
Foste timoneiro num barco,
Que a ditadura quis afundar,
Puseste as gaivotas em terra,
Soltaste os grilhões no mar.
Foste índio na meia praia,
Montaste a barraca da solidariedade,
Trouxeste outro amigo também,
Pintaste morena a nossa cidade.
Para quem nunca te conheceu,
Muitos ódios te passaram na frente,
Sentiste a tortura, música, insatisfação,
Serás eternamente o resistente!
Autor: Carlos Moço
terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
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